Coração Aberto

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Um casal foi entrevistado num programa de TV porque estava casado há 50 anos e nunca tinha discutido.
O repórter, curioso, pergunta ao homem:

- Mas vocês nunca discutiram mesmo?
- Não.
- Como é possível isso acontecer?

- Bem, quando nos casamos, a minha esposa tinha uma Gatinha de estimação que amava muito. Era a criatura que ela mais amava na vida. No dia do nosso casamento, fomos para a lua-de-mel e minha esposa fez questão de levar a gatinha. Andamos, passeamos, nos divertimos e a gatinha sempre conosco. Um certo dia a gatinha mordeu minha esposa.
A minha esposa olhou bem para a gatinha e disse:

- Um.
Algum tempo depois a danada da gatinha mordeu minha esposa novamente
A minha esposa olhou para a gatinha e disse:

- Dois.
Na terceira vez que a gatinha mordeu minha esposa, ela sacou 'um 38' e deu uns cinco tiros na cabeça da gatinha.

Eu fiquei apavorado e perguntei:
- 'Sua ignorante, desalmada, maluca, porque você fez uma coisa dessas?'
A minha esposa olhou bem para mim e disse:
'- Um.'
Depois disso... nós nunca mais discutimos.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Caio Fernando Abreu



Confesso que ando muito cansado, sabe? Mas um cansaço diferente… um cansaço de não querer mais reclamar, de não querer pedir, de não fazer nada, de deixar as coisas acontecerem. Confesso que às vezes me dão umas crises de choro que parecem não parar, um medo e ao mesmo tempo uma certeza de tudo que quero ser, que quero fazer. Confesso que você estava em todos esses meus planos, mas eu sinto que as coisas vão escorrendo entre meus dedos, se derramando, não me pertecendo. Estou realmente cansado. Cansado e cansado de ser mar agitado, de ser tempestade… quero ser mar calmo. Preciso de segurança, de amor, de compreensão, de atenção, de alguém que sente comigo e fale: “Calma, eu estou com você e vou te proteger! Nós vamos ser fortes juntos, juntos, juntos.” Confesso que preciso de sorrisos, abraços, chocolates, bons filmes, paciência e coisas desse tipo. Confesso, confesso, confesso. Confesso que agora só espero você.

domingo, 17 de julho de 2011


Há quem diga que já nascemos com o nosso destino traçado. Que as pessoas, os desafios, as dificuldades que aparecem na sua vida jamais será por acaso. Mas há quem diga que cada um em si traça sua história. E que cada momento são consquecias dos seus atos. Ainda não soube definir qual dos dois eu creio, mas se foi por escolha minha ou de Deus, nada aconteceu por acaso. Nem uma pessoa. Nem uma lágrima. Desde o ínicio, logo na primeira escola, eu sabia que iria aprender muito lá, que iria viver muito lá. Melhor época. Melhores colegas de turma que alguém poderia ter. Mas o que essas pessoas iriam mudar na minha vida depois de tantos anos? Seriam aqueles mesmo felizes e verdadeiros que me prometeram amizade e lealdade? E minhas professoras? Influenciariam em algumas atitudes? Foi de lá, meu primeiro amor. Ah, a ingenuidade, o cuidado, o carinho... Me pergunto o que levou minha mãe a escolher aquele colégio. Como ela saberia que seria o melhor para mim? Afinal, o que é melhor para mim? Mudei de colégio. Nova época, novas pessoas, novas amizades. Amizades? As pessoas desse novo colégio sabem o que é amizade? Não se dá para mudar algumas coisas, mas sei que o que vivi só me ajudou. Embora tenha me ferido bastante no momento em que aconteceu. Com as decepções que tive, com todas as vezes que quebrei a cara só me fizeram ver o quanto eu havia sido cega. O quanto eu dei valor errado. O quanto eu deveria aprender. E aprendi. Tô aprendendo. Não dá para dizer que jamais irei me decepcionar novamente, até porque eu não quero isso. Eu preciso me machucar para poder curar minhas feridas, com minha força, com minha vontade. Sozinha. Por que é assim hoje em dia, né? Cada um com seu nariz. E que se vire sozinho. Eu não me arrependo de nada que fiz até hoje, nem deveria. Foi tudo um marco, que espero um dia repassar para alguém.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Criança: Vovó…

Avó: Sim, querido?
Criança: Eu acho que eu tenho super poderes. Posso ficar invisível.
Avó: Por que, querido?
Criança: Porque eu levei uma flor pra Carlinha e eu fiquei olhando pra ela e sorrindo, mas ela passou reto por mim e foi encontrar um garoto da segunda série.
Avó: Mas isso não é ser invisível, querido. A garota não te viu porque foi boba, meu anjo.
Criança: Mas então se eu continuar não usando o meu poder ela vai me ver algum dia?
Avó: (sorri) Sim, meu anjo. Mas talvez nesse dia você encontre uma outra garota de quem goste mais… E essa garota talvez enxergue você mesmo se você estiver usando o seu super poder.
Criança: Tem razão, vovó. A Ana senta do meu lado e todo dia me empresta o lápis cheiroso dela. Acho que ela gosta de mim. E ela sempre me vê quando eu estou invisível para a Carlinha.
Avó: Eu não disse? Sempre vai ter alguém que vai te enxergar quando você for invisível.